Antonio Osório não aceitou provocações e voltou a dar aula de como é possível ser o gestor de uma "UFMS para Todos"
O candidato a reitor da UFMS pela
Chapa 2 – UFMS para Todos – Antonio Osório – defendeu em debate realizado nesta
quarta-feira (30.05) a desprivatização
da instituição. “A universidade não pode ser mais dominada por guetos
ou pequenos grupos movidos por interesses pessoais”, afirmou.
Questionado sobre a modelo de
gestão que deseja implantar, Antonio Osório defendeu o compromisso com a
universidade pública, respeito à comunidade acadêmica e o reconhecimento do seu
papel social. Criticou o processo de
privatização do patrimônio público iniciado no Governo Fernando Henrique Cardoso, com
conseqüências diretas sobre a qualidade de gestão e ensino dentro das
universidades brasileiras e afirmou que deseja abrir uma discussão mais
aprofundada sobre a criação da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), na gestão do Hospital Universitário. Alertou que é preciso avaliar os processos gerenciais não só a
partir de metas, mas também pela forma e o modelo de gestão antes de qualquer mudança
na atual estrutura administrativa do hospital, questionando como vai ficar a situação dos atuais
funcionários e que o modelo até agora concebido privilegia uma função profissional em
detrimento a outras. “Como princípio sou contra a privatização e
precarização das condições de trabalho
por meio da terceirização”, afirmou.
Princípios da UFMS para Todos
Em todos os debates realizados
nos centros universitários, Antonio Osório tem apresentado os princípios
norteadores da Chapa 2 – UFMS para todos: compromisso social, compromisso com a
qualidade de ensino, condições material e humanas adequadas para funcionamento
das atividades acadêmicas; democratização; transparência orçamentária;
elaboração de um novo estatuto (estatuinte); cumplicidade de todos os
segmentos; nomeação de pessoal para os cargos de confiança com base na competência
e experiência; melhores condições de acessibilidade e defesa da universidade
pública e gratuita.
Nova reestruturação
administrativa
Para o candidato Antonio Osório a
extinção dos departamentos deixou um vazio administrativo, em que as coordenações
de cursos perderam força e identidade. Defende uma nova reestruturação
organizativa em torno de instituto e por meios de colegiados paritários, composto pelos três segmentos. A nova forma de organização aconteceria em torno de linhas de pesquisas, grupos e áreas de conhecimento, e de outras formas de produção acadêmica. “Os cursos são criados sem
levantamento de demanda, sem interfaces, sintonia com o mercado e sem definição
da vocação de cada centro universitário”. Citou como exemplo o Centro Universitário de Paranaíba que dispõe de cinco
cursos, em áreas distintas e que poderia ser atendido em nível de pós-graduação em
áreas que o município apresenta carências.
Revisão curricular
Antonio Osório defende uma ampla
revisão curricular de todos os cursos.
Para o candidato o atual modelo vem sobrecarregando a atividade acadêmica, com disciplinas obrigatórias que não permitem ao aluno participar de projetos
de iniciação científica ou cumprir o horário definido pela bolsa permanência. A
situação também sobrecarrega professores que além de cumprir o número mínimo de
aula de graduação e na pós-graduação, tem pesquisar, desenvolver programas de extensão e orientar
alunos no mestrado e doutorado. Como princípio defende uma discussão ampla
sobre o regime de disciplina, com incremento de disciplinas optativas.
COTAS - Por outro lado, Antonio reafirmou sua posição a favor da implantação de cotas na UFMS para todos os cursos disponíveis na instituição. A imediata implantação das cotas na versidade é a questão imperativa e faz pare da política de educação inclusiva pregada e praticada pelo candidato a reitor. Para quem não sabe,Antonio Osório faz parte da comissão de educadores que implantou a e acompanha o desenvolvimento da política de educação inclusiva no Brasil.
IDOSOS E ENSINO MÉDIO - Também faz parte do projeto do candidato promover a inclusão do grupo da terceira idade e dos estudantes do Ensino Médio. Os idosos podem até se aposentar, mas não são inativos e querem participar do cotidiano, mas para isso é preciso garantir a oportunidade participação. Antonio Osório ressalta ainda a necessidade de se estabelecer uma relação mais próxima com os alunos do último ano do Ensino Médio, para que eles conheçam de perto como funciona o terceiro grau.
COTAS - Por outro lado, Antonio reafirmou sua posição a favor da implantação de cotas na UFMS para todos os cursos disponíveis na instituição. A imediata implantação das cotas na versidade é a questão imperativa e faz pare da política de educação inclusiva pregada e praticada pelo candidato a reitor. Para quem não sabe,Antonio Osório faz parte da comissão de educadores que implantou a e acompanha o desenvolvimento da política de educação inclusiva no Brasil.
IDOSOS E ENSINO MÉDIO - Também faz parte do projeto do candidato promover a inclusão do grupo da terceira idade e dos estudantes do Ensino Médio. Os idosos podem até se aposentar, mas não são inativos e querem participar do cotidiano, mas para isso é preciso garantir a oportunidade participação. Antonio Osório ressalta ainda a necessidade de se estabelecer uma relação mais próxima com os alunos do último ano do Ensino Médio, para que eles conheçam de perto como funciona o terceiro grau.
Condições mais humanas de
trabalho
Para Antonio Osório e Teodorico,
o grande desafio colocado para a comunidade acadêmica e a nova administração da
UFMS é de resgatar auto-estima dos trabalhadores da instituição frente ao
desencanto presente atualmente. O primeiro e grande barreira é ampliar a
contratação por meio de concurso público. Valorizar os técnicos administrativos
de carreira, com competência e habilidade, ocupando cargos estratégicos da
reitoria, pró-reitoras e centros universitários. Pretende desenvolver um
programa permanente de estímulo a graduação e pós-graduação, como foco
profissionalizante e uma política efetiva de recursos humanos que resgate a
dimensão humana de todos os profissionais. “Os técnicos administrativos são os
responsáveis pelo funcionamento da rotina administrativa e pelo suporte
pedagógico a professores e alunos, por isso merecem uma atenção especial”.
Plano diretor de espaço
A falta de critério na
distribuição de espaços dentro dos campi da UFMS foi outro ponto apresentado
pelo candidato Antonio Osório. Para acabar com a disputa de espaço propôs a elaboração de Plano Diretor para ampliações e ocupações de espaço territorial da instituição. Citou com exemplo os espaços da antiga
reitoria, a biblioteca e salas das
Unidade VI que deveriam ser incorporados pelo Centro de Ciências Humanas e
Sociais de Campo Grande (CCHS), mas foram
distribuídos por cursos distintos. Outro questão que preocupa o
candidato e difícil acesso entre o Centro de Ciências Humanas e Biológicas
(CCBS) com o Hospital Universitário, fechado por motivos de segurança e na
verdade precisam novos dispositivos e mecanismos de segurança. Outra situação é
dos prédios construídos próximos ao Lago de Amor, tomados por atoleiros e de
difícil acesso. Ou do bloco da educação, onde se convive diariamente com as descargas da estação de gás. “Sei o que é dar
uma aula sem ar –condicionado, iluminação deficiente e até sem giz”.
Além disso, questiona a falta de
critérios transparentes na construção de novos prédios como auditório,
laboratórios e moradias estudantis. Com
isso, um centro universitário acaba sendo priorizado em detrimento a outro, sem
observação em indicadores de demanda. Sugere como solução para questão a elaboração
democratizada do orçamento da UFMS e do plano de obras. “Hoje existe um
privilégio claro dos aliados da administração, enquanto cursos ou grupos mais
críticos ficam prejudicados”.
O candidato também defende a
criação de mais espaços de convivência acadêmica. Atualmente são poucos e mal distribuídos. Destaca como exemplo Ciências Exatas, em Campo Grande, em que os
alunos, no intervalo de aulas, não tem onde ficar e em dias de chuva a situação
piora, pois não podem ficar sequer debaixo das lajes dos corredores, cheias de
infiltração e que necessitam antes de pintura um tratamento prévio.
Antonio Osório e Teodorico Alves atendem a imprensa após o debate e a reafirmam compromissos com a universidade pública, participativa e de boa qualidade
Produção de Tecnologia
O candidato defende a ampliação
da produção tecnológica por todos os centros da UFMS, formando parcerias com o
Estado e municípios, empresas privadas e outras instituições de pesquisa. Dentro do princípio da transparência
administrativa defende em primeiro lugar a regularização contratual de todos os
convênios. Além disso, vai desenvolver o monitoramento constante dos projetos
que ficam desamparados, tem que caminha com as próprias pernas, de forma
individualizada e sem amparo de uma política institucional. Cita como exemplo a
incubadora do Programa de Produtos de Cerrado, que ficam em salas do Estádio
Morenão, mal acomodado, isolados, sem visibilidade e convivendo com o
alagamento.
Quotas raciais
Para Antonio Osório a UFMS já está atrasada na discussão para implantação das quotas raciais. Assim como entrou tarde para aderir ao Sisu/Enem. Adianta se houvesse vontade política o sistema já teria sido adotado, com base na experiência da UEMS (Universidade Estadual de MS). Mesmo Com a determinação legal do STF (Supremo Tribunal Federal) confirmando a validade das quotas, a Chapa UFMS pretende abrir um processo de discussão sobre o foco meramente de cor que tem sido questionado. Defende que a princípio as vagas sejam preenchidas por egressos das escolas públicas.
Quotas raciais
Para Antonio Osório a UFMS já está atrasada na discussão para implantação das quotas raciais. Assim como entrou tarde para aderir ao Sisu/Enem. Adianta se houvesse vontade política o sistema já teria sido adotado, com base na experiência da UEMS (Universidade Estadual de MS). Mesmo Com a determinação legal do STF (Supremo Tribunal Federal) confirmando a validade das quotas, a Chapa UFMS pretende abrir um processo de discussão sobre o foco meramente de cor que tem sido questionado. Defende que a princípio as vagas sejam preenchidas por egressos das escolas públicas.